“O coração da empresa são os setores de marketing e vendas”, diz Marcos Scaldelai

Maior evento corporativo do Norte-Nordeste será realizado em Natal
29 de setembro de 2018
Motivação
29 de setembro de 2018

“O coração da empresa são os setores de marketing e vendas”, diz Marcos Scaldelai

Marcos Scaldelai chegou à presidência da Bombril aos 36 anos. Hoje está à frente do Lide de São José do Rio Preto (SP), organização de alcance internacional que debate o fortalecimento da livre iniciativa, desenvolvimento econômico e social e a ética da governança corporativa, com a proposta de oferecer projetos de crescimento para pequenas e médias empresas (PMEs).

Natural de Catanduva, autor do livro Você Pode Mais! – 99% não é 100% e eleito, em 2014, um dos executivos jovens de maior destaque no Brasil pela revista Forbes, Scaldelai se dedica também a palestras para executivos nessa nova fase da carreira, além de trabalhar como gerador de projetos de crescimento para PMEs. Em novembro lançará seu segundo livro, Vendedor Falcão – Visão, Velocidade e Garra para Vencer.

Com passagem também por grandes empresas como Instituto de Pesquisa e Mercado, Nielsen, General Mills e Bertin, o executivo conta que não abre mão de sua intuição. “Descobri que a minha essência seria a minha fortaleza, e isso faz com que eu seja diferente dos outros.”

Como conquistou mais essa posição?

Como palestrante do Lide, acabei me aproximando muito do Fábio Fernandes, que tocava o Lide São José do Rio Preto e o de Ribeirão Preto. Ele sabia do potencial de São José, mas viu a oportunidade de uma expansão mais rápida se dedicando a Ribeirão. Então, perguntou se eu não queria abraçar o Lide de São José do Rio Preto. Em agosto, assumi o posto.

Quais são os resultados alcançados e novos projetos trabalhados?

Saímos de 21 membros para os atuais 42. A meta até o fim do ano é chegar a 60. Essas 42 empresas respondem por R$ 4 bilhões de faturamento na região. Também iniciei o Lide Futuro, um braço voltado para jovens de 20 a 40 anos. O lançamento oficial será em novembro e nesse “pré-lançamento” já somamos 25 membros. Para 2017, o projeto é lançar o Lide Mulher. No interior, a vontade de crescer é grande e, em São Paulo, a vontade de explorar o interior é grande. Vou acelerar essa união.

Qual era seu plano profissional ao sair da Bombril? Ser líder regional do Lide estava no horizonte?

Quando lancei o meu primeiro livro, no ano passado, minha vida mudou. Era muito convidado para palestrar, mas, como executivo, não tinha tempo. Percebi aí um campo a ser explorado. Quando saí da Bombril, passei a pensar em como redesenhar a minha vida e o primeiro passo foi me promover como autor e ministrar minhas palestras. O convite para o Lide veio na sequência.

Qual o principal ponto a ser trabalhado nas PMEs?

As empresas pequenas e médias têm enorme potencial, mas não se estruturam. O coração da empresa, que é o marketing e as vendas, não é construído da melhor maneira. Algumas crescem mais pelo tino do dono do que propriamente por ser uma organização estruturada. Empresas que não são direcionadas pelo marketing e pelas vendas estão fadadas a ficar atrás da concorrência.

Como é seu trabalho de consultor de PMEs?

Eu não gosto da palavra consultor porque as empresas acham que você vai entrar lá e propor modelos de trabalho e processos diferentes. Não falo de processo, eu projeto novos caminhos para a empresa crescer. Não sou consultor, eu vejo como o marketing atua e crio toda a base emocional para a marca ficar sólida. Olho de dentro para fora onde estão as oportunidades. Não reestruturo processos, crio a história e defendo isso com a equipe comercial. Ajudo equipes de vendas a ter alta performance. Tudo é trabalhado em atitudes, não em processo. Sou um gerador de projetos de crescimento.

Como é trabalhar a marca das PMEs? O processo é diferente do de uma grande empresa como a Bombril?

Começo pelo DNA da empresa, do negócio, da marca. Exploro tudo o que ela pode abranger por meio da essência. A Bombril é uma empresa estruturada, sempre pensou em marca e conduziu isso com sua equipe comercial. Lá eu fui um potencializador de uma nova história, que recria uma estratégia para o mercado assumir um rejuvenescimento da empresa. Nas PMES que vou, a construção da imagem marca não foi pensada e é a primeira vez que vai se olhar para isso.

Quais são as competências globais para se destacar em um negócio, seja próprio, seja em uma companhia? São as mesmas que você menciona em seu livro Você Pode Mais! – 99% não é 100%? Elas também valem como meio para que os profissionais imprimam a sua marca?

No livro, eu descrevo quatro competências para se tornar um grande líder executivo: sentir-se como se fosse o dono – não é vestir a camisa da empresa, precisa ter o DNA da empresa. O segundo ponto é o senso de urgência, tudo para ontem. O terceiro é o brilho nos olhos, não é só ser carismático, é ser otimista e carregar esse otimismo para tudo o que faz, para que as pessoas que estão à volta te olhem como um impulsionador. Outro ponto é pensar fora da caixa, como fazer diferente para atingir o resultado com muito pouco. Você tem de fazer além.

Confira a entrevista na íntegra, publicada pela revista C&S, que está com novo projeto gráfico.